TWENTY-FOUR YEARS

Twenty-four years remind the tears of my eyes.
(Bury the dead for fear that they walk to the grave in labour.)
In the groin of the natural doorway I crouched like a tailor
Sewing a shroud for a journey
By the light of the meat-eating sun.
Dressed to dye, the sensual strut begun,
With my red veins full of money,
In the final direction of the elementary town
I advance for as long as forever is.

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VINTE E QUATRO ANOS

Vinte e quatro anos lembram as lágrimas dos meus olhos.
(Enterrar os mortos com medo de que caminhem por si próprios para o túmulo.)
Agachei-me sob a ogiva da soleira da porta natural como um alfaiate
A costurar uma mortalha para a viagem
À luz carnívora do sol.
Vestido para morrer, a sensual cova começada,
Com minhas afortunadas veias vermelhas,
Na direcção final da cidade elementar
Caminho tão longe quanto para sempre é.

by Dylan THOMAS (1914-1953), in "SELECTED POEMS", The Folio Society of London Edition, 2014

(Portuguese translated by Armando TABORDA, 2017)

(photograph by Lee MILLER, Vogue Studio, London, 1946)